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domingo, 10 de outubro de 2010

CARTOGRAFIAS



Em porção distante 
bem, região remota
de mim, no peito,
passa um frêmito
gemido.
Sei

Assim, que algo nasce
(ou sei que algo morre)
Algo saúda
de lá, longe,
e ainda,
Perto

Ressoa nesses cantos
Nota-pranto, crua
Da mesma força
com que vibra,
também
Cessa

Mas convida sempre
a ouvi-la, soá-la
Sempre chama,
sente o ar
queimar em
Si

Traz em si o desejo
de ficar, partir
Em mim, reparte
cada hora
num meio-
Fim

Prédio, casa, esquina;
Grita, geme, cala;
Larga nos cantos,
rente às sombras,
pedaços
Meus

Refulgem seus traços
a cada seis metros.
Espaços; ex-
passos: eis
as faces
Minhas

Móbile janela!
Paisagem senil!
Assim me rendes,
uma a uma,
as tuas
Ruas

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