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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Às línguas

 
Às línguas, que devoram.
Às línguas, que mentem.
Há línguas que fofocam.
As línguas dos que se metem.
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Às línguas, que fazem o pensamento audível.
Às línguas, que influenciam.
Às línguas, que fingem ser possível.
Há línguas que acreditam.
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Às línguas, que se comprometem.
Línguas que, junto com a boca, moldam sorrisos.
Mas há línguas que do compromisso esquecem,
Essas línguas que confusas, causam conflitos.
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Há línguas que, voltando atrás, ferem.
Às línguas, que expressam falsas lástimas.
Às línguas, que te enfurecem.
Há línguas que sentem sabor de lágrimas.
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Há línguas que se comunicam.
Línguas que contam sempre o mesmo enredo
Há línguas que se explicam,
A outras línguas, usando um mesmo texto.
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Há também línguas que se lambem.
Línguas que transmitem gemidos.
Às Línguas! Que se chupem!
Às línguas, que exclamam gritos.
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A língua que faz em sons o gozo

É a mesma língua que exemplifica o nojo.

3 comentários:

  1. Quem quiser ver essa postagem no meu blog e mais:
    http://oquevieremente.blogspot.com/2009_09_01_archive.html

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  2. Nossa adorei !

    uns paragrafos mais que outros, mas gostei mesmo.

    Ta otimo o blog, beijos.

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  3. no dia que eu escrever como júba eu paro!

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